GDF tem colocado em prática o Plano de Enfrentamento para Doenças Respiratórias da Infância no Distrito Federal para ampliar o atendimento às crianças enfermas
A Secretaria de Saúde ampliou a
capacidade de atender crianças com doenças respiratórias para fazer frente ao
acréscimo na demanda esperado para esta época do ano, quando há maior
circulação de vírus causadores dessas enfermidades.A pasta tem colocado em prática o
estabelecido no Plano de Enfrentamento para Doenças Respiratórias da Infância
no Distrito Federal.
Segundo a referência técnica
distrital em emergência pediátrica da SES-DF, Danielle Sampaio Lima, o período
merece atenção. “Ainda em março, registramos aumento de casos respiratórios nas
portas de emergências, ampliado por conta das ocorrências de dengue e de
bronquiolite”.“Ainda
em março, registramos aumento de casos respiratórios nas portas de emergências,
ampliado por conta das ocorrências de dengue e de bronquiolite”
Danielle
Sampaio Lima, referência técnica distrital em emergência pediátrica
Entre as ações já tomadas, o Hospital
Regional de Ceilândia (HRC) ganhou mais seis leitos pediátricos e no Hospital
Materno-Infantil de Brasília (HMIB) foram ativados mais 14 leitos de enfermaria
para as crianças.
Já as unidades de pronto atendimento
(UPAs) em São Sebastião, Recanto das Emas e Ceilândia, administradas pelo
Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), passaram
a contar com atendimento pediátrico 24 horas.
A expansão do horário de atendimento de unidades básicas de saúde (UBSs), fundamental para o acolhimento de pacientes com dengue, também resultou na ampliação da assistência às crianças.
Servidores lotados nessas unidades
passaram por treinamentos. Já as equipes de portas de emergência dos hospitais
foram capacitadas no início de fevereiro acerca dos procedimentos para receber
pacientes pediátricos.
A Secretaria de Saúde tem ainda
investido no reforço de equipes. Houve o chamamento para contratação de 200
médicos generalistas temporários que vão atender todos os públicos, inclusive
crianças. Além disso, houve a nomeação de 26 pediatras de carreira.
Equipes de portas de emergência dos hospitais foram capacitadas no início de fevereiro para receber pacientes pediátricos
Casos graves
A diretora do HMIB, Marina da
Silveira Araújo, diz que a unidade mantém o atendimento pediátrico 24 horas. A
indicação, contudo, é levar as crianças com menor gravidade às UPAs ou às UBSs.
“Estamos voltados ao tratamento de quadros graves. Logo, sintomas leves devem
ser tratados nas unidades próximas de casa”, explica. O hospital materno irá
trabalhar em coordenação com as UBSs para encaminhar crianças com quadros de
baixa complexidade. “O importante é sempre oferecer tratamento”, avalia.
Palivizumabe
O GDF também se destaca por ter
ampliado a aplicação do palivizumabe, medicamento que favorece a prevenção
contra doenças respiratórias graves até os dois anos de idade.
A medicação é voltada a crianças menores
de 2 anos com cardiopatia congênita ou adquirida em tratamento ou displasia
broncopulmonar, além de todas as crianças de até um ano que nasceram com idade
gestacional de até 28 semanas e seis dias.
No início de fevereiro, foi iniciada
a aplicação do medicamento no HMIB, no Hospital da Criança de Brasília (HCB) e
nos hospitais regionais localizados no Guará, Paranoá, Planaltina, Sobradinho,
Ceilândia, Taguatinga e Gama.
A aplicação deve prosseguir até julho, período em que é esperada uma redução dos casos das doenças respiratórias entre o público infantil. *Com informações da Secretaria de Saúde