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Parceria de cinco anos visa capacitar profissionais de
saúde, melhorar diagnósticos e fortalecer a rede pública do Distrito Federal
O Governo do Distrito Federal
(GDF) firmou acordo de cooperação internacional com entidades médicas para
intercâmbio, treinamento e capacitação dos profissionais da rede pública de
saúde e pesquisadores no que há de mais moderno no combate ao câncer do colo de
útero e de mama.
“É
uma colaboração crucial para melhorar a detecção precoce e os tratamentos,
beneficiando especialmente as nossas mulheres, que concentram 60% dos casos de
câncer diagnosticados da capital, com predominância de mama e colo do útero”
Celina Leão, vice-governadora
A parceria, que terá duração de cinco anos, foi selada durante visita da vice-governadora Celina Leão à Global Health Catalyst (GHC) Summit 2024, realizada na Johns Hopkins University, em Washington, nos Estados Unidos.
Durante a assinatura do acordo, a gestora destacou a importancia dele para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) no Distrito Federal.
“Essa parceria vai fortalecer nossa rede de saúde com
intercâmbio científico-profissional, além de fornecimento de insumos e
equipamentos de última geração para o tratamento do câncer”, afirmou a
vice-governadora.
“É uma colaboração crucial para melhorar a
detecção precoce e os tratamentos, beneficiando especialmente as nossas
mulheres, que concentram 60% dos casos de câncer diagnosticados da capital, com
predominância de mama e colo do útero.”
Áreas
de atuação
A colaboração se dará em quatro
áreas principais de atuação: cuidado, divulgação, pesquisa e educação –
personalizadas de acordo com as necessidades de cada colaborador.
Na área clínica, o intuito é ampliar a
implementação de testes rápidos de HPV como uma abordagem de rastreamento do
câncer cervical, a fim melhorar a detecção precoce e o tratamento de lesões
pré-cancerosas.
O método é mais rápido e barato do
que o PCR tradicional, permitindo a autocoleta e superando barreiras culturais.
Segundo o acordo, os testes também aumentarão
a sobrevivência dos pacientes e reduzirão os custos devido à detecção precoce.
Outra proposta da colaboração é
ampliar o acesso à mamografia e outras modalidades de imagem para o
rastreamento do câncer de mama e garantir infraestrutura adequada para atingir
as metas de rastreamento.
Na telemedicina, o foco será a
criação de um serviço integrado com as instituições de saúde locais, a
Universidade de Brasília (UnB) e os profissionais da rede.
No âmbito acadêmico, a parceria
busca promover a pesquisa colaborativa e genômica do câncer, medicina de
precisão, doenças cardiovasculares e saúde da mulher, para facilitar a pesquisa
sobre cânceres relacionados ao HPV e sua prevenção. Serão oferecidos treinamentos
em metodologia de pesquisa por meio de cursos e workshops certificados,
virtuais ou presenciais.
Há, ainda, a previsão de
concessão de bolsas de pesquisa de curto prazo em hospitais afiliados ao GHC,
incluindo Harvard, Johns Hopkins, na Universidade da Pensilvânia (UPenn), UPMC
Hillman Cancer Center e na UnB.
Global Health Catalyst
Summit
A Global Health Catalyst (GHC)
Summit 2024 teve início na sexta-feira (7) e se encerrou neste domingo (9),
reunindo especialistas, pesquisadores e profissionais da saúde especializados
no combate a diferentes tipos de câncer.
A conferência global busca
catalisar colaborações internacionais de alto impacto para avançar na área da
saúde e abordar disparidades de saúde globalmente.
Financiado inicialmente pelo
Instituto Radcliffe de Estudos Avançados da Universidade de Harvard, pelo
Hospital Brigham and Women’s e pelo Instituto de Câncer Dana-Farber, o GHC
estabeleceu inúmeras colaborações para apoiar centros de câncer e treinar profissionais
de oncologia em todo o mundo.