...

...

No ar: ...

...

PODE ATÉ MATAR: Uso de cigarro eletrônico acende alerta para riscos à saúde

Publicada em: 31/05/2025 10:58 - SAÚDE PÚBLICA

Na Grande Brasília, mais de 80 unidades da rede pública oferecem apoio para quem desejam parar de fumar.


Dispositivos eletrônicos, segundo estudos da Organização Mundial de Saúde, expõe usuários a sérios riscos, como a síndrome de Evali, uma lesão pulmonar.


Dados do Ministério da Saúde (MS) apontam um aumento de 25% no número de fumantes no Brasil entre 2023 e 2024, levantando um alerta para a crescente popularidade do cigarro eletrônico.

Embora considerado inofensivo, o dispositivo também é derivado do tabaco e leva sérios riscos à saúde.


Apesar de não apresentarem substâncias comuns aos cigarros tradicionais, como monóxido de carbono e alcatrão, os dispositivos eletrônicos têm se mostrado muito prejudiciais ao organismo.

 No caso dos cigarros eletrônicos, há a possibilidade de contrair a síndrome de Evali, uma lesão pulmonar associada ao uso destes dispositivos.

Pesquisa

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que esses dispositivos eletrônicos vêm atraindo adolescentes e jovens por meio de estratégias de marketing e apelo tecnológico.

Segundo a última Pesquisa Vigitel, em 2023, cerca de 2,1% da população adulta usou cigarros eletrônicos, sendo a maior prevalência entre os jovens de 18 a 24 anos - ou seja, 6,1% dos entrevistados.


O pneumologista Paulo Fontes, do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), alerta que o uso dos cigarros eletrônicos, mesmo com sabores e aromas diferenciados, são um risco à saúde.

“Apesar de ainda não termos todas as respostas sobre os efeitos de longo prazo dos cigarros eletrônicos, o que já vemos na prática clínica é muito preocupante”, aponta o médico.


 “São pacientes com pulmões extremamente comprometidos, com processos inflamatórios intensos. Temos visto muitos jovens com forte agressão ao parênquima pulmonar”

O especialista lembra que os danos podem ser mais severos que os causados pelo cigarro comum: “A síndrome de Evali é um exemplo claro disso. Embora nem tudo possa ser afirmado com certeza ainda, já é evidente que o uso do vape ou desses tipos de dispositivos não é seguro”.

Enfrentamento

No país, o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos Não Transmissíveis 2022-2030 tem como uma das metas reduzir para 40% o percentual da população que fuma.

Segundo o documento, o percentual de fumantes no país em 2019 era de 9,8% da população.

Quatro anos depois, esse índice figurava em 9,3%. A expectativa é reduzir para 5,9% até 2030.

No Distrito Federal, dados de 2023 apontam que 8,4% dos adultos eram fumantes.

Desse total, o hábito é maior entre os homens (10,7%); entre as mulheres o percentual é de 6,4%.

Vape é droga? Saiba tudo sobre o cigarro eletrônico e seus males - SPDM -  Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina

Onde procurar ajuda

A Secretaria de Saúde presta atendimento a pessoas que lutam contra o tabagismo em mais de 80 unidades.

Programa de Controle do Tabagismo na capital segue orientação da coordenação nacional do MS com foco em ações educativas. Os pacientes são avaliados por equipes multiprofissionais, podendo ser encaminhados a tratamentos de condições específicas e convidados a participarem dos grupos. 

 

 

 

Compartilhe: