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PARALISAÇÃO MANTIDA: Em nova assembléia hoje, professores mantém greve

Publicada em: 10/06/2025 12:52 - JUSTIÇA EM PAUTA Assuntos Sindicais

Os professores da rede pública do Distrito Federal decidiram manter a greve iniciada no último dia 2.

A decisão – praticamente unânime – se deu por meio de votação em assembleia nesta terça-feira (10/6), no estacionamento entre o Eixo Cultural Ibero-Americano (antiga Funartee a Torre de TV.

 

Esta foi a segunda assembleia realizada após o início do movimento paredista. Na primeira, em 5 de junho, a categoria rejeitou as propostas do Governo do Distrito Federal (GDFe manteve os braços cruzados.

O Sindicato dos Professores (SinPro-DFinformou que não houve negociação desde a última assembleia. “O que nós temos tentado é, por meio de interlocutores junto à Secretaria de Educação, retomar a negociação”, pontuou.

O sindicato espera, ainda nesta semana, retomar a mesa de negociação com o GDF, sem partir do zero como na semana passada.

Mobilização

A professora Ana Kesia, do Centro de Ensino Médio (CEM02 de Sobradinho, ressaltou a união entre os docentes. “É momento de a gente estar unido com foco nas nossas pautas que envolvem toda a categoria”, ressaltou.

Segundo o Professor Caio, do CEM 02 de Sobradinho, na semana passada, aproximadamente 80% das escolas foram paralisadas. E a categoria aguarda melhores propostas do GDF.

“Nosso movimento é legítimo, é legal. Temos 60% de professores temporários e mais de 5 mil aprovados esperando nomeação”, argumentou.

 

Batalha judicial

Acolhendo um pedido do GDF, o Tribunal de Justiça do DF (TJ-DFclassificou a greve como abusiva e impôs multa de R$ 1 milhão e corte de ponto para os educadores.

No entanto, o Sindicato dos Professores (SinPro-DFrecorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF). E o ministro Flávio Dino cassou a multa milionária.

Greve dos professores

  • Professores e orientadores das escolas públicas da Grande Brasilia decidiram entrar em greve, em 27 de maio. A categoria decidiu cruzar os braços a partir de 2 de junho, sem data para regressar para salas de aula.
  • Segundo o SinPro, o GDF teria fechado a mesa de negociações. O governo nega.
  • A Justiça do Distrito Federal decidiu aplicar, nessa quinta-feira (29/5), multa de R$ 1 milhão ao SinPro para cada dia de greve. Além disso, autorizou o corte de ponto.
  • O SinPro recorreu contra a multa diária de R$ 1 milhão ao TJ-DF. No entanto, em 31 de maio, a Justiça distrital negou o recurso e manteve a penalidade milionária.
  • Mesmo com a imposição de multa e corte de ponto, os professores entraram em greve em 2 de junho. E a categoria decidiu recorrer ao STF.
  • O GDF declarou que iria cortar o ponto dos grevistas e que pretendia cobrar a multa.
  • Após intermediação do TJ-DF, o GDF apresentou uma proposta para o fim da greve em 5 de junho. O governo distrital propôs a convocação de 3 mil professores em dezembro de 2025, com posse em janeiro de 2025; a prorrogação do prazo do concurso público em vigência, que vence em 27 de julho; o lançamento de novo certame; e a construção do calendário do novo plano de carreira da categoria.
  • Em votação durante assembleia, em 5 de junho, os professores rejeitaram a proposta do GDF e mantiveram o movimento paredista.
  • Em 6 de junho, o ministro do STF Flávio Dino cassou a multa de R$ 1 milhão e ainda solicitou informações complementares ao GDF.
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Intermediadores

Na noite desta segunda-feira (9/6), após reunião com representantes do SinPro e deputados, o Ministério Público distrital (MP-DFse colocou à disposição para ser um dos atores na intermediação com o poder público.

Em 4 de junho, a presidência do TJ-DF também assumiu o papel de intermediador. O Judiciário viabilizou a reabertura da mesa de negociações entre GDF e educadores.

Os educadores cobram reajuste salarial de 19,8%, reestruturação da carreira, nomeação de aprovados em concurso e correção do envio de informações de professores temporários ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O governador Ibaneis Rocha (MDBclassificou a greve como política. Segundo o GDF, as negociações estão abertas. O governo concedeu reajuste e a incorporação da gratificação de atividade pedagógica (Gaped), por exemplo.

 

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