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CHATBOT da POLÍCIA CIVIL: "Ferramenta" representa 20% dos registros de denúncias anônimas

Publicada em: 10/07/2025 16:50 - SEGURANÇA PÚBLICA GRANDE BRASÍLIA

 Programa de computador já contabiliza mais de 2 mil registros desde novembro e concentra denúncias de tráfico, maus-tratos e violência doméstica.

Denúncia anônima: uma arma poderosa contra o crime | Metrópoles

Com funcionamento iniciado em novembro de 2024, o chatbot da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) já se destaca como ferramenta eficaz no recebimento de denúncias anônimas.

Desenvolvido pela Divisão de Controle de Denúncias (DICOE), o canal digital, acessível por computador e por celular, garante agilidade, segurança e sigilo ao cidadão.

Entre novembro de 2024 e março deste ano, o serviço respondeu por 2.033 denúncias, o equivalente a cerca de 20% do total de 10.923 registros feitos por todos os canais da corporação.

Canal digital da Polícia Civil permite o envio de denúncias anônimas por computador ou pelo celular 
Atualmente, a DICOE opera com cinco canais de denúncia anônima: telefone, WhatsApp, e-mail, página da Polícia Civil de Brasília na internet e o chatbot. Integrado ao site da corporação, o chatbot permite que o cidadão faça denúncias de forma totalmente anônima.
Ao acessar a plataforma, o usuário pode optar por preencher um formulário específico para o tipo de crime ou interagir diretamente com o assistente virtual. Esse robô conduz uma sequência de perguntas com base na experiência acumulada pela DICOE ao longo de quase 20 anos de atuação no recebimento de denúncias anônimas.

“Dentro de cada crime, desenvolvemos um rol de interações para captar as informações necessárias”, detalha o diretor da DICOE, Josafá Ribeiro. Ao final da conversa com o robô, o cidadão pode, se desejar, continuar a interação com um policial.

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Essa funcionalidade híbrida, que combina inteligência artificial com atendimento humano, permite maior completude nas informações encaminhadas às unidades responsáveis pela investigação. O anonimato é garantido em todo o processo. Além disso, o canal digital permite o envio de arquivos, como fotos, vídeos, áudios e até a localização geográfica, recurso especialmente útil em regiões onde os endereços são imprecisos ou difíceis de descrever. “Hoje, quase todo mundo tem um smartphone. A possibilidade de enviar coordenadas exatas facilita a chegada da equipe policial e a efetivação da investigação”, aponta.

Entre os crimes mais denunciados, o tráfico de drogas lidera, seguido por maus-tratos contra animais, violência doméstica contra a mulher, foragidos/procurados, homicídios e maus-tratos contra criança (em fevereiro de 2025).

A análise da Polícia Civil de Brasília também identificou que o intervalo entre as 12h e as 18h concentra o maior volume de denúncias feitas via chatbot, sendo a segunda-feira o dia da semana com mais registros.

As cidades-satélites com maior número de denúncias são Ceilândia, Samambaia e Taguatinga, o que está relacionado tanto à alta densidade populacional dessas áreas quanto à proximidade com delegacias.

“Só nessas três regiões temos nove delegacias, o que contribui para que a população confie e participe mais ativamente. O cidadão sabe que a informação repassada tem impacto real no trabalho da polícia”, reforça.

Por fim, o diretor destaca que todas as denúncias recebidas são encaminhadas às delegacias competentes: “O cidadão é os olhos e ouvidos da polícia. Não podemos estar em todos os lugares, mas, com a colaboração da sociedade, conseguimos agir de forma mais eficiente. A população do Distrito Federal confia na Polícia Civil, e nós daremos a resposta condizente com essa confiança”.

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