Unidades básicas de saúde oferecem diagnóstico e tratamento para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Nesta quinta-feira (4), celebra-se o 'Dia Mundial da Saúde Sexual', data que chama a atenção para a importância da prevenção e do cuidado.
Em 2025, as unidades básicas de saúde (UBSs) da capital federal realizaram — de janeiro a agosto — 212.083 testes rápidos para HIV/Aids, sífilis e hepatites B e C.
“A prevenção começa com o teste. Quanto mais cedo a pessoa descobre uma infecção, mais rápido ela inicia o tratamento e segue a vida com saúde. Nosso papel é ampliar o acesso e também oferecer a testagem de forma ativa, não apenas quando o paciente pede. Esse trabalho salva vidas e fortalece toda a comunidade”, destaca a técnica da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (GeVIST), Daniela Magalhães.
Prevenção combinada
Além dos testes, a Secretaria de Saúde reforça que a prevenção é combinada: envolve o uso de preservativos, a vacinação contra o HPV e a hepatite B, além do acesso a estratégias como PrEP (profilaxia pré-exposição) e PEP (profilaxia pós-exposição).
A PrEP consiste na ingestão de comprimidos antes da relação sexual, permitindo que o organismo esteja preparado para enfrentar um possível contato com o HIV. A pessoa em PrEP realiza acompanhamento regular de saúde, com testagem para o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
O Distrito Federl é considerado referência nacional na adesão à PrEP.
Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2023 a capital federal apresentou a menor taxa de descontinuidade do Brasil: 21%, enquanto a média nacional foi de 30%.
Já a PEP consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir infecções após uma exposição de risco.
O tratamento deve ser iniciado em situações como violência sexual, relação sexual desprotegida ou acidente ocupacional com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico.
Ainda existem tabus que dificultam a prevenção. Muitas pessoas acreditam que apenas quem apresenta sintomas precisa se preocupar, mas grande parte das ISTs é assintomática. Outras crenças equivocadas incluem a ideia de que falar sobre sexo estimula a prática ou de que o HIV/Aids é uma sentença de morte.
A realidade é que o tratamento atual permite que pessoas vivendo com HIV/Aids tenham carga viral indetectável e, portanto, intransmissível, garantindo uma vida longa e saudável.
Além disso, o sexo oral e até o contato genital sem penetração podem transmitir doenças como clamídia, sífilis, gonorreia e HPV (papilomavírus humano) — reforçando a importância da informação correta.
Para Daniela Magalhães, falar sobre saúde sexual é falar de autonomia, proteção e qualidade de vida. “A prevenção é o melhor caminho e pode salvar vidas”, conclui.
Saiba aqui qual a sua unidade básica de saúde de referência, caso precise realizar o teste.