Ferramenta online vai gerar cartões impressos para auxiliar
pessoas atendidas nos centros em emergências; adesão é voluntária
A
Secretaria de Saúde vai gerar cartão de crise para melhorar o atendimento a
pacientes dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).
Profissionais
de saúde vão utilizar ferramenta online para produzir um cartão impresso que
vai reunir informações essenciais do usuário.
O intuito é que o paciente do CAPS tenha um
atendimento mais ágil, seguro e eficaz em situações de crise psíquica.
“O cartão de crise é uma estratégia de cuidado que amplia a
autonomia do paciente, fazendo com que ele comunique à equipe assistencial a
melhor forma de acolhê-lo durante uma crise psíquica", diz a subsecretária
de Saúde Mental da Secretaria de Saúde, Fernanda Falcomer
O
cartão vai apresentar dados importantes para o manejo da crise, como nome,
contato da pessoa e do serviço de saúde de referência, medicamentos em uso e
contraindicados. O documento será gerado de forma padronizada e impresso
diretamente na ferramenta, garantindo praticidade e uniformidade no uso em
todos os CAPS.
A
adesão de cada paciente é voluntária.
Uma
das unidades que já implementou a medida foi o Centro de Atenção Psicossocial
Infantojuvenil (CAPSI) de Taguatinga. “A implementação de um cartão de crise é
avaliada a partir das necessidades do indivíduo.
Ele
é confeccionado na presença do usuário, contendo informações particulares e de
como ele gostaria de ser acolhido em uma situação de crise.
Isso minimiza fatores estressantes,
facilitando a comunicação e direcionamento para sua rede de apoio”, avalia a
gerente da unidade, Glaucia Figueiredo.
Segundo
a gerente, o cartão já está sendo aprovado pelos pacientes. “Estamos inserindo
o cartão em nossos atendimentos e ele tem sido bem aceito pelos usuários. Vemos
o quanto ele tem sido efetivo no manejo da crise, atendendo cada um com sua
individualidade”, acrescentou.
“O formato do cartão é simples e pequeno para que a pessoa
guarde na carteira, no bolso, bolsa ou porta-crachá", diz a assistente
social Jamila Zgiet
A
subsecretária de Saúde Mental da Secretaria de Saúde, Fernanda Falcomer,
ressalta que, com o apoio do cartão, o paciente, quando em crise, pode
comunicar, a quem lhe der assistência, suas especificidades e preferências. “O
cartão de crise é uma estratégia de cuidado que amplia a autonomia do paciente,
fazendo com que ele comunique à equipe assistencial a melhor forma de acolhê-lo
durante uma crise psíquica. A ação representa mais um passo no fortalecimento
da Rede de Atenção Psicossocial do GDF, promovendo cuidado humanizado e maior
segurança nos atendimentos emergenciais”, destacou durante a reunião da Rede de
Atenção Psicossocial, ocorrida na sexta-feira (23), no auditório do Hemocentro.
O
cartão pode ser visto, exibido ou entregue à pessoa que der o suporte, seja
amigo, familiar ou profissional de saúde, explica a assistente social da
Gerência de Normalização e Apoio de Saúde Mental, Jamila Zgiet. “O formato do
cartão é simples e pequeno para que a pessoa guarde na carteira, no bolso,
bolsa ou porta-crachá. É possível acrescentar ainda como ela gostaria de ser
abordada em um momento de crise, se não gosta de ser tocada ou se tolera
contato, por exemplo”.
A
iniciativa da Subsecretaria de Saúde Mental, em parceria com a Secretaria
Executiva de Tecnologia da Informação em Saúde da Secretaria de Saúde, faz
alusão ao Mês da Luta Antimanicomial, comemorado em maio.
Saúde mental
De
acordo com o Infosaúde, de 2017 até 2025, a Secretaria de Saúde ofereceu mais
de 2,5 milhões de atendimentos em serviços de saúde mental. Apenas em 2024,
foram 500 mil. Já em 2025, até o final de março, foram 87.864 serviços.
Os
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são destinados ao atendimento de pessoas
com sofrimento mental grave, incluindo aquele decorrente do uso de álcool e
outras drogas, seja em situações de crise ou nos processos de reabilitação
psicossocial. Os Caps são serviços especializados de saúde mental de caráter
aberto e comunitário, ou seja, inseridos na comunidade e que funcionam em
regime de porta aberta, sem necessidade de agendamento prévio ou encaminhamento
para ser acolhido no serviço.
A
assistência em saúde mental é realizada por equipe multiprofissional que atua
sob a ótica interdisciplinar, composta por: psiquiatras, clínicos, pediatras,
fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais,
equipe de enfermagem, farmacêuticos, a depender da modalidade do CAPS.
Atualmente,
a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) do Distrito Federal conta com 18 Caps em
funcionamento. Clique
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