...

...

No ar: ...

...

O DISTRITO FEDERAL DO FUTURO: Um território resiliente para todos

Publicada em: 30/06/2025 13:21 - GRANDE BRASÍLIA

Entenda a proposta de território resiliente que o novo Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT)  busca para o ‘quadrilátero’.


Você já ouviu falar em território resiliente?

Parece um nome ser algo difícil, mas a ideia é simples e muito importante para o futuro do Distrito Federal.

Imagine toda a nossa “área dentro do quadrilátero”, não apenas resistindo a desafios como secas e chuvas fortes, mas também se adaptando às mudanças climáticas e ficando mais forte a cada vez.

 

É exatamente isso que a proposta de território resiliente no novo Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) busca para o Distrito Federal.

Com eventos climáticos extremos se tornando mais comuns, como secas prolongadas e chuvas muito fortes, é preciso garantir que a capital federal, e suas cidades-satélites, cresçam de forma organizada, protegendo a natureza e oferecendo qualidade de vida para todos. 

Precisamos crescer de forma organizada, protegendo a natureza

 

“A resiliência significa ter a capacidade de mudar e se adaptar diante dos desafios. Pense em uma árvore que dobra ao vento, mas não quebra, e depois volta ao lugar, talvez até mais forte. É essa a lógica que se pretende adotar para o nosso território”, exemplifica o coordenador de Planejamento Territorial e Urbano da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SeDUH), Mário Pacheco.

O PDOT, que é a principal ferramenta para planejar como o território distrital vai se desenvolver, está incorporando essa ideia para:

– Lidar com os impactos das mudanças climáticas: diminuir os riscos de desastres e ajudar a população a se preparar e se recuperar mais rapidamente.
– Melhorar a qualidade de vida: garantir que tenhamos água de qualidade, alimentos seguros e áreas verdes que nos proporcionem bem-estar.
– Promover a justiça social e ambiental: assegurar que as ações de proteção e desenvolvimento territorial beneficiem a todos, especialmente as comunidades mais vulneráveis.
– Envolver a comunidade: contar com a participação de todos – governo, empresas e cidadãos – na construção de um futuro mais seguro e sustentável.

 

Construindo uma Brasília mais forte

A ideia central é que não basta apenas reagir aos problemas. É preciso prevenir e construir a capacidade de recuperação, preparando o território para os impactos que já estão acontecendo, como eventos extremos, ondas de calor, secas e chuvas volumosas. 

“Também é preciso atuar na raiz do problema, reduzindo a emissão de gases que causam o efeito estufa, por exemplo, incentivando o uso de energias mais limpas e o transporte sustentável. Ir além da resistência, garantindo que nossos sistemas e territórios não só suportem os impactos, mas também se transformem de forma sustentável, fortalecendo sua capacidade de recuperação e adaptação contínua”, afirma Mário Pacheco.

Para que tudo isso funcione, é fundamental que o governo trabalhe junto com a sociedade, valorizando o conhecimento de todos e criando ferramentas de planejamento que sejam flexíveis e colaborativas. 

“É uma abordagem que envolve diferentes níveis (cidade, região) e diversas áreas do conhecimento para construir um desenvolvimento que reduza as vulnerabilidades e promova o bem-estar humano, em que o Plano Diretor atue como um instrumento orientador desse processo, articulado a outros instrumentos e setores da sociedade”, destaca o coordenador.

 

Estratégias

São quatro principais estratégias que o PDOT propõe para tornar o Distrito FEderal mais resiliente:

O intuito dessas estratégias é incentivar ações que protejam o meio ambiente e tragam benefícios para a população, como promover a justiça climática, proteger e restaurar a natureza – em especial, o Cerrado –, usar o solo de forma inteligente e a água de forma consciente, incentivar a redução do desperdício e promover o uso de energias limpas e outros recursos que se renovam naturalmente.

A aplicação dessas ações será priorizada nas áreas que mais precisam, especialmente para promover a disponibilidade de água, garantir que as pessoas tenham o que comer e proteger os serviços que a natureza nos oferece, como a polinização, a purificação do ar, entre outros.

Por exemplo, as áreas para plantio de árvores, recuperação da vegetação e outras soluções baseadas na natureza – estratégias que usam a própria natureza para resolver problemas do território – serão definidas com base em mapas que mostrem o potencial de recuperação ecológica distrital. 

Para Mário Pacheco, as propostas de território resiliente no PDOT são um passo fundamental para construir um Distrito Federal mais seguro, justo e preparado para os desafios do futuro. “Elas buscam integrar o cuidado com o meio ambiente e o planejamento da cidade, garantindo que o desenvolvimento seja sustentável e que todos os cidadãos se beneficiem de um ambiente mais saudável e resiliente. É um convite à participação de todos na construção de um Distrito FEderal melhor para as próximas gerações”, pondera.

*Com informações de Leonardo Cipriano, da SeDUH-DF


Compartilhe:
COMENTÁRIOS
Comentário enviado com sucesso!
Carregando...