Imunizante está disponível na rede pública e é uma ferramenta importante na prevenção de surtos.
A Secretaria de Saúde passa a ofertar agora vacina contra a 'hepatite A' para pessoas que vivem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), usuários da profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV e homens que fazem sexo com homens (HSH).
A medida segue orientações do Ministério da Saúde e é baseada em evidências.
Em vigor desde maio deste ano, a ampliação pretende reduzir a incidência da doença em populações mais expostas ao risco de infecção.
A dose está disponível em todas as salas de vacinação da rede pública do GDF, além dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIES) e Centros Intermediários (CIIES).
De acordo com o gerente substituto de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) da Secretaria de Saúde, Sergio d'Avila, a importância do alerta leva em conta o cenário epidemiológico atual.
"Diante do aumento de casos entre populações-chave, a medida é necessária. Usuários da PrEP, pessoas que vivem com HIV e HSH estão mais expostas a situações de risco, inclusive de práticas que favorecem a transmissão fecal-oral. Portanto, a vacinação é uma estratégia fundamental de proteção individual e coletiva”, explica o gestor.
Entre 2014 e 2024, a Grande Brasília registrou 149 casos confirmados de hepatite A, sendo 13 deles entre HSH.
A infecção é causada pelo vírus HAV, transmitido principalmente pela ingestão de água ou alimentos contaminados e por contato oro-anal durante as relações sexuais.
A expectativa é, segundo d'Ávila, fortalecer a cobertura vacinal e reforçar a prevenção combinada no cuidado integral à saúde sexual. “Orientamos que o público prioritário procure uma unidade de saúde em posse de receita médica ou comprovante de uso da PrEP.”
Entre os usuários da PrEP ou pessoas que vivem com o HIV, vale destacar que o público feminino também é abarcado pela ampliação.
Prevenção e referência nacional
O Distrito Federal é considerado referência nacional na adesão à PrEP. Segundo dados do Ministério da Saúde, a capital federal apresentou, em 2023, a menor taxa de descontinuidade do Brasil: 21%, enquanto a média nacional foi de 30%.